segunda-feira, 31 de março de 2008

Anorexia depois dos 50

Especialistas apontam para um aumento significativo de casos entre mulheres com mais de 50 anos.
Apesar de associadas essencialmente às jovens, a anorexia nervosa e a bulimia são doenças que começam a manifestar-se de modo significativo em mulheres com mais de 50 anos. O alerta para este fenómeno foi feito pela Associação Britânica de Especialistas em Nutrição.
De acordo com os nutricionistas britânicos, as mulheres mais velhas que apresentam distúrbios alimentares já representam um décimo dos doentes tratados no país, e uma das causas apontadas para estes novos casos é a pressão para ter um corpo esbelto e aparentar ser mais jovem. Acrescentam ainda que muitas mulheres ficam completamente deformadas pelo abuso de cirurgias plásticas e esta obsessão pode estar relacionada com o fenómeno dos distúrbios alimentares.

Monstro das Bolachas

Símbolos de Páscoa


Os símbolos e rituais utilizados na comemoração da Páscoa foram evoluindo ao longo dos séculos e assimilados por diversas culturas. No entanto, nem todos sabem o que significam.

Folar
Representa simbolicamente o presente dos padrinhos e dos afilhados, impondo-se como preceito irem recebê-lo a casa dos padrinhos no Domingo de Páscoa (irem “pedir o bolo”). Ritual precedido pela oferta de um ramo de flores (ou amêndoas) dos afilhados aos padrinhos. Com o decorrer do tempo, a palavra “folar” deixou de corresponder ao seu primitivo significado, ou seja, “bolo cerimonial” da quadra pascal, para passar a designar o presente de Páscoa dos padrinhos, expresso por qualquer objecto: roupas, amêndoas, dinheiro, etc. Embora substituído por outros presentes, a obrigação da oferta do folar cessa depois da maioridade ou do casamento dos afilhados.

Ovo
O tão conhecido ovo da Páscoa é símbolo do caos inicial e ao mesmo tempo representa o nosso planeta. O ovo é um símbolo universal a partir do qual se desenvolverá a manifestação. Curiosamente, o nascimento do mundo a partir de um ovo é a ideia comum a celtas, gregos, egípcios, fenícios, tibetanos, hindus, vietnamitas, chineses, japoneses, povos siberianos e indonésios, entre outros. O ovo aparece em muitas culturas como símbolo de uma renovação periódica da natureza – daí a tradição do ovo da Páscoa e dos ovos coloridos, que em muitas culturas ilustram o mito da criação periódica. Os ovos de argila descobertos em sepulturas da Rússia e da Suécia, por exemplo, foram interpretados como sendo emblemas da imortalidade e símbolos da ressurreição. Em túmulos da Beócia descobriram-se também estátuas de Dionísio com um ovo na mão, promessa e sinal de regresso à vida. De acordo com os costumes judaicos, na refeição Seder (que dura 8 horas) o ovo é símbolo de promessa e ressurreição, e por isso faz parte dessa refeição ritual. Na Páscoa cristã, o ovo está associado à promessa e esperança da Primavera, e ocupa um lugar fulcral nas suas cerimónias como símbolo de ressurreição. As implicações eucarísticas são sugeridas pela tradição de comer os ovos no final da Quaresma.

terça-feira, 11 de março de 2008

Manutenção Preventiva – O Que Devo Comer?



A nutrição é uma disciplina no limiar e na convergência de outras como por exemplo, a medicina, a pratica de desporto, a química, a biologia… Todas estas disciplinas tem no seu âmbito uma componente nutricional quer ao nível do tratamento de doenças, da potencialização de performance ou investigação, no entanto qual a dieta mais eficaz para um transeunte que não sofre de qualquer patologia, que não quer ser modelo ou correr nos jogos olímpicos? Segundo Andrew Weil, a não existe resposta correcta, nem resposta errada. No seu livro Saúde e Medicina Natural deixa algumas dicas para planear uma dieta saudável: mais do que comer legumes, variar a alimentação, comer alimentos frescos ou equilibrar a dieta, escolhemos, entre essa dicas, debruçarmo-nos sobre algo muito mais simples:
1) Comer com os sentidos e não com o intelecto: comer é um dos grandes prazeres da vida e uma dieta saudável não deve constituir um sacrifício mesmo que deixe de comer alimentos que adore. Comer algo que não gosta só porque alguém diz que são bons para si, não é escutar a sabedoria do nosso corpo. O paladar e o olfacto são excelentes guias para aquilo que é bom para nós.
2) Faça experiências com a sua alimentação: uma das maneiras de descobrir o que deve comer para usufruir o melhor possível da sua alimentação é experimentando. Experimentar novos alimentos e novas combinações. Repare que o seu interesse e a forma como aprecia cada alimento varia conforme os alimentos com que estão combinados ou a maneira como estão cozinhados (Por exemplo, quantas pessoas não gostam de queijo, mas apreciam um esparguete á bolonhesa ou uma tosta mista? Quantas pessoas não gostam de ovos cozidos mas adoram ovo estrelado?). Quiçá uma dos alimentos que mais detesta pode ser um dos que mais gosta.
3) Comer com toda a atenção e prazer: fazer as refeições enquanto ouve as noticias na televisão não esta a dar ao acto de comer a atenção necessária. Se comer stressado, zangado, ansioso ou distraído o corpo não vai processar bem os alimentos por muito bons que eles sejam. O sistema digestivo reflecte o estado de espírito, razão pela qual tantos distúrbios digestivos estejam relacionados pelo stress ou a ansiedade.
4) Aprender a apreciar comida simples: Se não se conseguir imaginar a comer milho ou pão sem manteiga, salada ou tomate sem muito tempero, salmão ou tamboril simples, melão sem gelado ou presunto, morangos sem açúcar (ah ah), sugerimos que tente apreciar os sabores puros destes e outros alimentos simples. Não estamos a dizer que deve basear a sua dieta a pão e água ou deixar de experimentar iguarias ou pratos estrangeiros.
Como viram decidimos falar mais sobre o ritual de comer do que sobre a ciência do comer. Não queremos que ponham de lado toda a ciência de lado ou comecem a comer chocolates atrás de chocolates ou fazer salteados de gomas. Nada disso. Queremos apenas que não sacrifique os seus sentidos e o prazer em nome de uma dieta rigorosa.



Divirta-se a comer, divirta-se a cozinhar, divirta-se com a sua dieta.
(adaptado de Saúde e Medicina Saudável de Andrew Weil)

sábado, 8 de março de 2008

Mãe! Tenho uma mosca na sopa!

Ratos dentro do forno, baratas a passear pelos talheres e copos mal lavados em discotecas são apenas alguns dos casos com que os inspectores da ASAE se deparam. Prestem atenção a algumas das histórias mais incríveis e tenham medo… Tenham muito medo!

Num restaurante no centro de Lisboa, uma película de gordura e pó revestia paredes, móveis e utensílios. Já dentro das gavetas dos talheres e nos armários da loiça, havia dezenas de baratas a andar entre os garfos, facas, colheres e pratos (os mesmos utilizados às refeições pelos clientes da casa).

Numa padaria a norte de Lisboa, um inspector da ASAE, durante uma operação, abriu a porta de um forno e foi surpreendido ao ver saltar um rato de lá de dentro. Pegou num pau e tentou matar o animal. “Esse não consegue apanhar”, disse o padeiro com ar de quem conhecia o rato há já algum tempo. “Os outros ainda vamos conseguindo, mas esse nem às ratoeiras vai”.

Noutra padaria, na área metropolitana de Lisboa, a massa do pão era feita com água de esgoto e o estabelecimento era habitado por ratos e apresentava várias teias de aranha nas paredes. Foi ainda encontrada uma ratazana num estado avançado de decomposição dentro de uma saca com farinha de pão.

Numa zona na Grande Lisboa em que já não havia água há 3 dias, um restaurante continuou a trabalhar como se nada fosse. A situação na cozinha tornou-se caótica: centenas de pratos sujos empilhados atraíam as moscas; os tachos, panelas e frigideiras eram reutilizados sem qualquer lavagem e a água para a preparação dos alimentos era retirada de um poço, apesar de não haver informações acerca da sua qualidade.

Num talho, nos arredores de Lisboa, havia carne podre com larvas, nas arcas frigoríficas. E como se não bastasse, foram encontradas pratas, limões e outros indícios do consumo regular de heroína, no escritório do estabelecimento, situado por detrás das câmaras frigoríficas.

Em Cascais, num hotel de 4 estrelas, os funcionários da cozinha preparavam as refeições enquanto uma dezena de trabalhadores da construção civil faziam obras na cozinha. Havia pó a circular por todo o lado, entulho acumulado entre as bancadas da cozinha e os alimentos estavam claramente contaminados.

Numa discoteca em Albufeira, para além dos copos utilizados serem mal lavados, nas arcas congeladoras, o gelo era armazenado junto a limões podres, ambos utilizados nas bebidas. Ainda foi detectada a falta de caixotes do lixo: os detritos eram lançados directamente para a rua, como uma verdadeira lixeira a céu aberto, nas traseiras do estabelecimento.

As fiscalizações da ASAE podem ser desencadeadas por queixas feitas pelos consumidores. Por isso, se suspeitar de alguma situação que ponha em perigo a saúde pública, não hesite em denunciá-la. Porque nem todos os ratos são pequenos aspirantes a chefes de cozinha!




(adaptado da Revista Sábado, nº 201 – 6 a 12 de Março)